Protecionismo é quando um país tenta proteger suas próprias indústrias da competição internacional. Historicamente, o protecionismo tem sido associado a países que tentam passar de ricos a pobres. O argumento mais comum para o protecionismo é que antes de um país poder competir internacionalmente, ele precisa de tempo para desenvolver suas próprias indústrias. Isso às vezes é chamado de argumento da indústria nascente.
Quando um país fecha suas fronteiras para o comércio, tem tempo de aprender como produzir para si mesmo coisas que, de outra forma, teria importado do exterior – uma estratégia chamada ‘ substituição de importação ‘. Se tudo correr de acordo com o planejado, eventualmente a indústria protegida ficará realmente boa no que faz e será capaz de enfrentar a concorrência estrangeira sem ajuda do governo.
Os países poderiam proteger suas indústrias em vários maneiras. As cotas são uma só – o governo pode impor cotas que limitam a quantidade de mercadorias estrangeiras que podem ser importadas a cada ano. Ou podem dar dinheiro a empresas para apoiá-las enquanto crescem e experimentam novas técnicas de produção – chamadas de subsídios. Eles podem até proibir totalmente a importação de certas coisas.
Mas a maneira mais comum de proteger os produtores domésticos é colocar grandes impostos, chamados de tarifas, sobre os produtos importados. Isso torna os produtos estrangeiros mais caros e incentiva as pessoas a comprarem no mercado interno, dando às empresas locais mais clientes e mais chances de crescer.
Obviamente, essa não é a melhor notícia para os clientes, que acabam pagando mais para o que provavelmente é um produto doméstico de qualidade inferior. Além disso, se os governos mantiverem as proteções por muito tempo, os produtores podem perder o incentivo para fazer seus produtos melhores, sabendo que eles são a única opção de qualquer maneira. Também é um problema se houver certos bens essenciais que um país genuinamente não pode produzir porque não tem os recursos: colocar uma tarifa acabará custando às empresas algo mais que elas não podem viver sem.
Os economistas discutem se o protecionismo é uma forma inteligente de se desenvolver. Alguns apontam para casos como a Coreia do Sul, Japão, Estados Unidos e argumentam que limitar o comércio desde o início foi uma parte fundamental de seu desenvolvimento. Outros apontam para tentativas menos bem-sucedidas de substituição de importações na América Latina e na África.
O protecionismo também pode ser usado pelas economias desenvolvidas para tentar proteger as empresas e os trabalhadores da concorrência estrangeira. É disso que trata grande parte do debate sobre o livre comércio.